Este é assunto que sempre me preocupou e arreliou, eu
que ando sempre a ver se “pesco” mais qualquer coisinha de um assunto, aparecem
sempre doutorada(o) s.
A gente sabe que a sexualidade, mas a da malandrice,
nos faz imaginar muitas coisas boas e muitas soluções para as ter. Melhor que
tudo, quando mais treinarmos as nossas fantasias malandras mais nos tornamos
perspicazes e inteligentes a resolver qualquer coisa da vida.
É meia bola e força! Temos sempre aquela adrenalina de
quem vai descobrir como jogar à bola sem miúdas por perto ou levar a namorada à
“verdade e à vida” sem que ninguém se aperceba.
O Sr McDougall
disse:
“ Sexualidade Humana: Uma Busca Eterna?” – Um primeiro
reconhecimento do terreno é efectuado e as bases da expedição estabelecidas: ao
conflito frente ao mundo pulsional e as castrações do mundo exterior, segue-se
uma descoberta traumática: a diferença dos sexos; ao período edipiano, na sua
dimensão homossexual e heterossexual que leva a criança a desejar possuir os
dois sexos, segue-se a maior ferida narcísica do ser humano: assumir sua
monossexualidade”
Já repararam que éramos como o caracol? Com os dois
sexos?
Hermafroditas?
Sabíamos tudo sobre sexo rotineiro sem fantasia.
Mas isso tinha alguma piléria?
Mas agora temos uma dicotomia terrível, a teoria e a
prática.
Se eu for dizer ao Zezé Camarinha se ele sabe tudo
sobre sexo, ele diz-me logo; Porquê? Tás a precisar?
Não deu uma resposta teórica nem prática mas expressou
uma hipótese convicta de ajuda se eu estivesse precisasse.
Muita prática, pouca teoria e …a ver vamos! Honesto no seu trabalho.
Se falar com a Lúcia, a puta mais velha de Matosinhos, levo
uma corrida “em pelo”: Aqui só entra quem trabalha! Mas se perguntarem os
critérios de arregimentação ela diz, obedece e estás contratada.
Estes praticam muito mas é tudo em função do ranking.
Há subespécie das barracas que vão a todas, mas isso é
outro assunto.
Agora temos que pensar nos teórico-práticos.
Muitos assanham-se e gostam, mas nem pensar que se
perceba.
Licenciados, classe média, casa na periferia, emprego
razoável, fazem fins-de – semana e férias juntos.
Adoram falar de intimidades para parecerem muito contemporâneos,
riem-se muito e têm momentos de conversa verdadeiramente íntimos e sérios.
Como educamos os nossos filhos?
Falam da necessidade urgente da educação sexual nas
escolas porque eles fazem imenso em casa; desde que a cria nasceu compram-lhe
todos os anos um livro com ilustrações:
O pénis, ouviste? Não se diz pilinha.
A vulva, não se diz pachacha!
Então o pénis entra na vulva e se a visita correr bem
porque não está lá a luteína as células com rabinho, que são os espermatozóides
vão nadar numa grande bola vazia , mãe tem, que é o útero, à procura de um ovo
(não dos do Continente) mas pequeninos e entram para lá a rabiar.
Recuso-me aqui a fazer as várias explicações que vão
fazendo ao longo dos anos até aquela idade que os filhos, que são muito
inteligentes, dizem: contam-me isso logo que agora vou andar de bicicleta.
É que estas bestas existem e tentam reproduzir-se!
Os casais têm sempre o diálogo e a postura de quem vê
os programas todos da nossa sexóloga de serviço, a MC, que fala, fala, como
quem está a dar receitas da Bimby e nunca deu uma queca na vida, não se fosse
despentear (…) e pega nos brinquedos sexuais como se fossem esfregões da loiça
que lhe estragam as unhas todas.
Devia ser responsabilizada pela diminuição da
líbido em todos os Países que aquele programa passa.
Esses se se descompõem, lavam-se todos antes de
aparecer, por sexo é “solto, mas clean”.
Já me esquecia, às vezes ouvem o Machado Vaz e dizem
que ele está velho-também tem idade para isso.
E depois há aqueles que são teórico-práticos e gargarejo.
O pessoal, que às escondidas ou em grupo restrito vê
filmes pornográficos.
Porque imaginação já se foi, ainda têm umas coisas para
aprender, ou vou ali ver umas coisas que não faço com a minha Maria.
Mas são todos muito mais criativos e inteligentes dos
que sabem tudo sobre sexo.
Proíbam a educação sexual nas escolas, educa-se pelos
modelos e retirem esses livros para bestas das livrarias.
Nota: Escrevi este texto pelas coisas que me passam
pela cabeça, mas se não tivesse existido o Dr. João dos Santos não pensava
desta maneira.